25/05/10

1.A câmara de vídeo:

Câmara de filmar, é um dispositivo dotado de mecanismos que capturam imagens em tempo real. Diferentemente da câmara fotográfica, a câmara de vídeo é capaz de registar movimentos, trazendo assim uma maior dinâmica ao resultado final da produção.
Os movimentos são registados tirando-se sucessivamente centenas (ou até milhares) de fotografias (quadros) da cena com grande rapidez (usualmente 30 por segundo). Durante a exibição, a imagem aparenta mover-se pois as fotos são exibidas mais rápido do que o olho humano é capaz de notar. Diferentes taxas de quadros-por-segundo (frequências) são utilizadas de acordo com a tecnologia empregada e a finalidade da filmagem. Câmaras de alta frequência (ex.: 1000 quadros por segundo) registam minuciosamente acontecimentos velozes (como disparos de armas de fogo), enquanto câmaras de baixa frequência podem ser usadas para a filmagem de nuvens ou do crescimento de vegetais.




-Tipos de Câmaras:
Dentro do panorama vídeo-amador, podemos encontrar no mercado três tipos de câmaras: a câmara VHS, a câmara VHS-C e a câmara de vídeo 8, ou seja de 8 milímetros. Pode-se ainda falar de um outro formato, a S-VHS (Super VHS) ou S-VHS-C, que podemos definir como uma versão melhorada da câmara VHS-C. O que há a reter é que devemos optar por um único destes formatos, e aí investir na aquisição de acessórios, para não corrermos o risco de dispersarmos o nosso investimento por uma série de peças ou cassetes diferentes, que mais não farão do que confundir-nos a par e passo na produção de qualquer vídeo, desde a simples reportagem de uma actividade escolar ou de uma visita de estudo até a um projecto mais sofisticado, obrigando-nos a lidar com uma panóplia de cassetes de formatos diferentes, de baterias suplementares e carregadores de baterias que não se adaptam de uns formatos para outros, ou mesmo de material filmado que só com enorme dificuldade poderá ser etiquetado pormenorizadamente, para além do facto de isso nos forçar ainda a ajustar o equipamento onde se irá realizar a montagem para cada um dos formatos utilizados.
É de notar que para uma das câmaras acima referidas existe um tipo de cassete diferente: a cassete VHS, o formato mais vulgarizado do vídeo doméstico, que encontramos facilmente no mercado e das mais diferentes marcas, a cassete S-VHS, a cassete VHS-C, que é um pouco diferente da anterior, e a cassete de 8 mm, geralmente fabricada pela marca Sony, embora também existam cassetes deste formato de outras marcas. Daqui se pode inferir algumas das dificuldades a que acima aludimos.
As cassetes VHS-C, existem no mercado adaptadores com o tamanho das cassetes VHS (e que por isso podem ser utilizadas num leitor de vídeo comum) . Para o formato de 8 mm não existem adaptadores, tendo o seu utilizador que optar por uma de duas soluções: ou utiliza a câmara como leitor nas fases de visionamento ou de montagem, com o desgaste das cabeças de leitura da câmara daí decorrente ou adquire um leitor de formato 8 mm, o que certamente vai onerar a sua aquisição de equipamentos, limitando a sua escolha e rendibilizando pouco este equipamento, uma vez que ele só funciona com cassetes de 8 milímetros. Contudo vale também a pena referir que as cassetes VHS-C ou S-VHS (ou ainda S-VHS-C) são substancialmente mais caras do que as de 8 mm ou do que as de VHS.




-Suportes de gravação:
Independentemente da definição, as câmaras de vídeo caracterizam-se essencialmente pelo suporte de gravação. Existem vários: DVD, miniDV, disco rígido, cartão de memória SD card, memória flash e as câmaras de vídeo híbridas.Muito prático, o DVD passa da sua câmara de vídeo para o leitor DVD. Não precisa de cabos para ver as suas filmagens! Apesar de serem pequenos (8 cm), possuem uma elevada capacidade. Podem ser lidos por todos os leitores de DVD e oferecem entre 30 e 90 minutos de filme.Opte pelos DVD RW para poder reutilizá-los as vezes que quiser depois de copiar os seus filmes para o computadorMais económica do que o DVD, a cassete MiniDV equipa as câmaras de vídeo mais antigas. Apesar de ser fácil de utilizar, é mais lenta para transferir os seus filmes para o computador.Presente nas câmaras de vídeo mais compactas do mercado, o cartão de memória é muito interessante pelas transferências de filmes rápidas e fáceis. Com uma capacidade máxima de 32 GB, permite-lhe gravar durante várias horas e pode ser lido directamente num PC ou leitor de DVD equipado com uma porta para cartões de memória.
De alta gama, a câmara de vídeo com disco rígido permite-lhe filmar sem limites, oferecendo uma capacidade de 30 a 240 GB. Autónomo, mas maior do que os outros suporte de gravação, o disco rígido garante-lhe um acesso rápido aos seus vídeos preferidos.
Como um disco rígido contém dezenas de horas de filme, a transferência dos ficheiros demora mais tempo do que com um DVD ou cartão de memória, por exemplo.
As câmaras de vídeo híbridas caracterizam-se pelo seu suporte de gravação variado. Apesar da tendência actual ser dois suportes, alguns fabricantes começam a integrar três suportes diferentes! Assim, beneficiará de uma maior capacidade de armazenamento.





-Protocolos de comunicação:
Desde os primórdios da Arpanet, quando foram desenvolvidos os primeiros modems da história, estes aparelhos passaram por várias evoluções. Afinal, dos 300 bips para 56 K foi um salto em tanto.
Evolução dos protocolos de comunicação, que no final das contas, foram os grandes responsáveis por toda essa evolução:

V.22 - Este foi o primeiro protocolo para modems desenvolvido por um consórcio da indústria, os padrões anteriores, como o Bell 103 e o CCITT eram proprietários. O V.22 usava uma modulação bastante primitiva, permitindo transmitir a apenas 1.200 bips.

V.22bis - Um pouco mais avançado que o V.22 original, o V.22bis permitia transmitir a 2.400 bips. Não é preciso dizer que foi considerado uma grande revolução na época.

V.29 - Este foi o primeiro protocolo para modems de 9.600 bips, mas foi logo substituído pelo V.32, considerado mais seguro.

V.32 - Este é o protocolo padrão para modems de 9.600 bips.

V.32bis - Uma evolução do V.32, este é o protocolo usado pelos modems de 14.400 bips

V.34 - Este protocolo dobrou a taxa de transmissão dos modems, alcançando 28.800 bips
V.34 + - Este é o protocolo para modems de 33.600 bips. Foi originalmente desenvolvido pela US Robotics e depois licenciado para outros fabricantes.


V.34- seria o ápice da evolução dos modems, pois uma teoria, chamada lei de Shannon diz ser impossível que os modems operassem a mais de 35 Kbips. Os modems de 56 K surgiram apartir da idéia de eliminar a conversão analógico-digital no sentido provedor > usuário. Com isto os downloads passaram a ser de até 56 K, mas o upload continuou limitado a 33.6.

V.90 - Na época da definição do padrão para modems de 56 K, surgiram dois padrões incompatíveis, o X2 da US Robotics e o 56Kflex, desenvolvido pela Motorola e Lucent. Ambos permitiam conexões a 56 K e tinham eficiência semelhante, mas deram muita dor de cabeça aos provedores de acesso (que precisavam manter modems dos dois padrões) e usuários que precisavam escolher entre um e outro. Felizmente, os dois padrões convergiram para o V.90, que é o padrão atual para modems de 56K. O V.90 por sua vez já teve sua actualização, que a maioria acredita ser a última, o V.92, que mantém a mesma taxa de download de 56 K, mas amplia a taxa de upload de 33.6 para 42 K. Além disso, nos modems V.92 o tempo necessário para estabelecer a conexão é menor, cerca de 10 segundos, contra 20 segundos dos modems ~

V.90. Outro avanço é a compatibilidade com o recurso de linha em espera oferecido por algumas operadoras. é possível deixar a conexão via modem "em espera" ao receber uma chamada e reestabelece-la ao colocar o telefone no gancho.
A maioria dos modems de 56K V.90 poderão ser actualizados gratuitamente para o novo padrão, bastando baixar e executar o programa de actualização, a ser disponibilizado pelo fabricante do modem.

Baud - Este é mais um termo relacionado a modems, que indica o número de vezes que o tom muda numa ligação via modem. Os primeiros modems, de até 1.200 bips, trabalhavam com apenas duas tonalidades, um som mais alto representava um bit 1, enquanto um som mais baixo representava um bit 0. Nestes modems, o número de bauds representava o número de bits que era possível transmitir por segundo. Naquela época, dizer "modem de 1200 bips" ou "modem de 1200 bauds" era a mesma coisa.
Actualmente, os modems utilizam uma modulação muito mais sofisticada, transmitindo vários bits em cada baud. Os modems de 14.400 bips por exemplo, transmitem a apenas 2.400 bauds.


-Conectividade:
A Conectividade baseia-se nos vários tipos de ligações entre a câmara de vídeo e um “projector” de imagem (TV, PC):

● Cabo USB
● S-Vídeo
● Ligações Laterais
● CD - ROM
● Cabo A/V
● Auscultadores
● i.Link


-Input/Output:
Os dispositivos de entrada e saída (E/S) ou input/output (I /O) são também denominados periféricos. Eles permitem a interação do processador com o homem, possibilitando a entrada e/ou a saída de dados.
O que todos os dispositivos de entrada têm em comum é que eles codificam a informação que entra em dados que possam ser processados pelo sistema digital do computador. Já os dispositivos de saída decodificam os dados em informação que pode ser entendida pelo usuário.
Há dispositivos que funcionam tanto para entrada como para saída de dados, como o modem e o drive de disquete. Atualmente, outro dispositivo híbrido de dados é a rede de computadores

-Funções da Câmara:
Em qualquer câmara de vídeo encontramos a maior parte das funções que referimos abaixo e algumas possuem até funções a que não fazemos referência, uma vez que não são muito vulgares. Há por isso que estar atento ao livro de instruções que acompanha a câmara para a poder conhecer a fundo e extrair da máquina todas as suas potencialidades. Algumas das câmaras possibilitam ainda a edição de vídeo, pelo que se torna também necessário ter algumas noções desta técnica.
Os comandos que encontramos habitualmente numa câmara de vídeo são os de ligar/desligar, a focagem que normalmente pode ser automática ou manual, existindo um botão que alterna entre as duas possibilidades, o zoom, que pode também funcionar comandado por botões ou manualmente, os comandos de controlo da exposição à luz (também automático e manual), botões de inserção de data/hora, que podem ser accionados ou não, e comandos de leitura, normalmente idênticos aos de um vídeo doméstico: avançar, parar, pausa, avanço e recuo rápidos sem imagem e avanço e recuo lento com imagem).
Não é incomum aparecerem câmaras que permitem alguns efeitos especiais, desde o já habitual fader, até ao strobe ou outros mais sofisticados. O fader consiste em fazer aparecer ou desaparecer a imagem num efeito em que ela parece ir-se formando a pouco e pouco a partir do nada (fade in) ou em que ela parece dissolver-se, desaparecendo gradual e suavemente (fade out). Nalgumas câmaras este feito do “fader” aparece como um mosaico de pequenos rectângulos que ora aparecem ora desaparecem se o operador accionar o comando respectivo. O strobe é um efeito que faz com que a imagem vista pelo visor da câmara ou filmada pareça avançar aos soluços, com pequenos saltos entre as imagens.
Vimos acima que o zoom pode ser utilizado para afastar ou aproximar uma imagem, dando-lhe menor ou maior dimensão no plano, respectivamente. Este dispositivo deve contudo ser usado com cautela, uma vez que a sua utilização constante torna a sequência desagradável, dada a evidente dificuldade de a vista focalizar constantemente objectos que sucessivamente se afastam ou aproximam do campo de visão. Um outro problema adicional na utilização do zoom é o da focagem. Ao afastarmos ou aproximarmos um objecto através do zoom temos de ter o cuidado de o fazermos lentamente, para que o sistema de focagem automática da câmara tenha tempo de realizar essa focagem; se optarmos pelo modo manual, então deveremos efectuar diversas experiências antes de gravarmos a cena, até termos a certeza de que o zoom e a focagem funcionarão perfeitamente na altura da gravação.
Além destes comandos, podemos encontrar botões de controlo da abertura do obturador, de procura automática de imagem, de controlo de “branco”, titulador digital, interruptor de auto light ou ainda botões de OSD (on screen display, que nos permite, ou não, observar as indicações no visor).

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